sábado, 1 de março de 2008

Uma década sem Tim Maia

Tim Maia nos deixou há dez anos. Em praticamente toda a sua vida, ele se dedicou à música; começou tocando bateria, mas logo passou para o violão. Foi considerado o “pai da soul music brasileira”.

Se fosse vivo, Sebastião Rodrigues Maia, faria, 70 anos - ele nasceu no dia 28 de setembro de 1942, em Niterói (RJ). Penúltimo de 19 irmãos, aos oito anos de idade já compunha suas primeiras músicas.

Aos 14 anos, Tim Maia formou seu primeiro conjunto musical, Os Tijucanos do Ritmo. Mais tarde, foi a vez da banda The Sputniks, que tinha também entre seus integrantes Erasmo Carlos e Roberto Carlos.

No final da década de 50, Tim foi para os Estados Unidos, onde fez cursos de inglês e iniciou carreira como vocalista em novo grupo musical, chamado The Ideals.

Depois que saiu dos Estados Unidos e voltou para o Brasil, Tim Maia lançou, em 1968, um compacto, o seu primeiro trabalho solo. Só que a carreira se fortaleceu mesmo a partir de 69, quando gravou novo compacto.

Na verdade, a alavancada ocorreu a partir de 1970, ao lançar o LP“Tim Maia”. Entre os sucessos desse disco estava Azul da cor do mar.


O “síndico” (apelido dado por Jorge Ben Jor) somou ao longo da carreira diversos discos. Em 1997, um ano antes de vir a falecer, Tim Maia lançou três CDs, totalizando 32 discos em 28 anos de carreira.


Os clássicos que ele lançou são vários. Por exemplo: Acende o farol, Primavera, Do Leme ao Pontal e Você.

Tim Maia foi um artista que teve um histórico de problemas com gravadoras. Foi por isso que, na década de 70, fundou seu próprio selo; primeiramente o Seroma e, depois, o Vitória Régia.


Mas as décadas de 80 e 90 foram muito produtivas para o grande Tim Maia. Foi em 1983, por exemplo, que ele lançou o LP “O descobridor dos sete mares”; com destaque para a música-título e ainda para Me dê motivo, de Sullivan e Massadas, que fez grande sucesso.

Já em 1990, chegou a lançar o CD “Tim Maia interpreta clássicos da bossa nova”. Naquela época, o jeito único de interpretar, e de se apresentar nos shows, continuava o mesmo, para a alegria de seus milhares de fãs.


O repertório de Tim Maia abrange músicas românticas, bossa nova, funks e souls. Uma variedade que tem a ver com a versatilidade desse que foi um dos maiores artistas da música brasileira em todos os tempos.


Prova dessa versatilidade é que, pouco tempo antes de sua morte, Tim Maia lançou dois CDs ao mesmo tempo: “Amigo do rei”, juntamente com Os Cariocas, e “What a wonderful world”, com recriações de clássicos do soul e do pop norte-americanos dos anos de 1950 a 1970.

Foi durante um show no Teatro Municipal de Niterói que Tim Maia sentiu-se mal e veio a falecer. Após a internação no hospital, ele não resistiu e morreu. Era o dia 15 de março de 1998.

No ano seguinte, foi homenageado por vários artistas da MPB num show tributo. Ainda hoje é assim: Tim Maia recebe homenagens diversas, como esta, porque ele foi, e sempre será, um ídolo. Saudades...
Por Viviane Pires

0 comentários: