terça-feira, 14 de agosto de 2007

A BEIJOCA DO REVOLTZ

Fonte:http://www.flickr.com/photos/vinimania


Esteve em nossa City no ultimo sábado a banda mais que alucinante Revoltz para o lançamento de seu primeiro CD, intitulado Beijo no Escuro. O nome do disco, um tanto quanto sugestivo, é uma mistura do nosso bom e velho Rock'n Roll com elementos eletrônicos, além de influências de bandas clássicas. Como o próprio vocalista, Ricardo disse em uma rápida entrevista para o núcleo, ele curtiu o resultado final e espera que os próximos trabalhos sigam esta mesma linha.

Confira a entrevista na íntegra.

(Nucleo)Conte-nos um pouco dessa sensação de uma hora estar ali, curtindo as bandas como um fã e em outra hora estar no palco. Você já se acostumou ou ainda existem aqueles momentos em que passa um filminho na sua cabeça do tipo: Putz! Será que isso é real mesmo?

(Ricardo)É meio estranho ainda. Tipo poder estar perto das bandas que gostamos como Felinne, é um processo meio separado, grande parte disso tem a ajuda da internet (a banda coloca sua música na NET e logo depois todo mundo ouve). Rolou um lance lá em Campo Grande, os caras da banda Uns ficaram dançando na frente do palco. Hoje em dia o público pode interagir com a banda que gosta, eu meio que já me acostumei pelo fato de que sou ator e garoto propaganda de cerveja no Sul. Eu queria poder encontrar com os caras do Pixies e dizer que a música “Você não vai me conquistar” foi feita em homenagem a eles.

(Nucleo)Para algumas bandas ainda existe certa dificuldade de visualizar que hoje em dia é possível ganhar dinheiro tocando. Para vocês, como se deu esse processo de perceber que banda era um trabalho e não somente uma diversão de final de semana?

(Ricardo)Ganhar dinheiro com o alternativo é foda. Você tem que saber criar seu produto. Hoje, o cara da banda tem que saber tocar e administrar seu trampo. Ele tem que vender. Muitas vezes o artista coloca dinheiro para tocar ao invés de ganhar. Muitas vezes é a banda que banca a passagem para poder tocar. A grana é conseqüência do trampo da banda.

(Nucleo)Hoje em dia após todo sucesso da banda você pode dizer que é referência para essa nova galera que está vindo, ou você ainda se vê como alguém que busca referências?

(Ricardo)Não vejo como uma referência, por que hoje em dia todo mundo tem público por mais tôsca e esdrúxula que for. A Revoltz, por ser uma banda mais pop, é vista por mais gente, mas hoje em dia todo mundo pode ser conhecido.

(Nucleo)Na opinião da banda o governo, a sociedade, e até mesmo a própria mídia está menos preconceituosa com o rock, ou nós é que estamos deixando de prestar a atenção nisso?

(Ricardo)Nacionalmente o rock, hoje em dia, virou política. O próprio Espaço Cubo é um exemplo disso, todos criam projetos para tirar uma fatia dessa grana. Então todos se organizam para isso acontecer. A Turnê Chilli Beans que tem produtos voltados ao público de música eletrônica só existe por que eles queriam uma linha mais roqueira para seus produtos, e como o Revoltz tinha essa pegada criamos um projeto, mas ai vem a questão de que seu produto tem de chamar atenção, porque para muitos o rock ainda é feito por um monte de maconheiros.

(Nucleo)E agora para finalizar a pergunta clássica. Conte-nos um pouco sobre o novo CD da banda. O que os fãs que não ouviram podem esperar?

(Ricardo)Na pós produção algumas músicas foram mudadas, houve a inserção de mais elementos eletrônicos. Eu gostei pra caralho espero que melhore ainda mais. Porque uma coisa é o CD, e outra é o show. Esse é só o primeiro, os outros serão melhores.

Entrevista feita por: Anderson Monstrinho

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